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Colunas

O reflexo no campo de um clube agitado

todayjulho 30, 2018 4 1

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Palmeiras de Palestra Itália. Um clube italiano, sangue quente, gesticulador, crítico, corneteiro. Quem geralmente escolhe torcer para esse clube, aprende a se irritar fácil com a menor das coisas, e levar quase tudo a “ferro e fogo”. Seja no estádio ou nas redes sociais, o rotulo de ítalo-brasileiro acaba transcendendo o grau geográfico e sendo refletindo em nossas atitudes, seja na vida, nas arquibancadas ou na própria vida.


Notoriamente, somos uma das torcidas mais apaixonadas e leais do Brasil. Enchemos os estádios nos momentos difíceis, mantemos o Avanti nos momentos que muitos costumam de cancelar, comparecemos a eventos na intenção de conhecer e motivar os ídolos do time atual, e mantemos nossos compromissos de compartilhar o conteúdo sem receber um real ou divulgação do clube. Nós mesmos nos mantemos, tudo pelo amor ao clube que torcemos desde criança. Porém, exigimos quase os mesmos sacrifícios a quem veste a camisa. Quem recebe e entra em campo, que deixe a vida em campo, que suje seu calção pelas tantas divididas e carrinhos no campo, que demonstre a vontade que tanto sonhamos em um dia demonstrar vestindo a camisa verde. Pudera, em momentos difíceis, jogadores limitados faziam isso. Você torcedor, teve que juntar forças para gritar para Luan, Ricardo Bueno, Edmilson Canhão do Pantanal, Betinho, Kleber Displicente e tantos outros jogadores de técnica baixíssima, que por vezes até compensavam a falta de técnica com uma sobra absurda de vontade. Porém, nem sempre só a vontade era suficiente, tanto que no ano que ganhamos a Copa do Brasil, fomos rebaixados pela segunda vez na nossa história. E por falta de vontade que não foi.

Os momentos são outros. Hoje, o salário cai em dia, o marketing e o clube em si são mais estruturados, a Arena é moderna e alto-sustentável, somos vistos como exemplo de gestão (mesmo que muitas atitudes tomadas sejam questionáveis por torcida e imprensa), o patrocínio é forte e paga bem, os jogadores nos olham como clube “destino”, e não de “impulso” no Brasil. Mesmo assim, com diversos jogadores com técnica e muitas vezes com todas as coisas corroborando a favor, vemos um time assustado, nervoso, que não entrega aquilo que a torcida exige.

Ainda encontramos razões para críticas. Quando vemos o jogo, uma “ausência de dividida” é motivo para fecharmos a cara, de corrermos para as redes sociais ou chats de transmissões, e criticamos abertamente a escalação ou a contratação do sujeito. Quem discorda também fala, e assim, a guerra está declarada: seja sua escolha o lado da crítica ou do apoio virtual, vista sua armadura e se junte com seus companheiros. Muito me admira quem foge desse tipo de digladiação e procura sempre ter uma visão holística das coisas que acontecem dentro e fora de campo. O time é um reflexo do seu torcedor, de sua política, de seus patrocinadores. O Palmeiras, mais do que todos os outros.

Quanto tempo Felipão terá de paciência, pela nossa torcida supercrítica e notoriamente ansiosa? Digo mais, será que Felipão conseguirá extrair de um time pressionado, nervoso e ansioso? A galera mais velha conhece o que o Felipão é capaz de fazer com um time de qualidade, e quem viveu 2010 até 2012, sabe o que Felipão passou com uma diretoria que não transmitia respaldo nem lhe entregava o material humano qualificado para entregar os resultados desejados.

Nem sempre o problema está dentro de campo.

#ligaverde
http://www.ligaverde.com


Written by: nery

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  1. Anatoli Oliynik em julho 30, 2018

    As conquistas de Felipão são fatos do passado e águas passadas, não moinhos. A diretoria pisou na bola ao contratá-lo. Não vai dar em nada.

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